Hoje dei a minha famosa volta de desempregado crónico, assim como todos os dias, é com alguma tristeza que vejo o nosso Centro Histórico apinhado de pessoas a pedirem, é altura da Feira da Gastronomia e a aproximação do Natal.
O fim de ano trás muitos pobres e pessoas mal intencionadas, com o objectivo de arranjarem mais algum, seja de que jeito for, trabalhar é que não.
Outra coisa triste é, as pessoas estarem a beber o seu cafézinho ou almoçando, e serem incomodadas por um pedinte, destruindo assim a paz e a harmonia do momento.
Os nossos comerciantes deviam se impor, e não deixar que situações como essa se repitam.
É muito mal para o comércio, se os pedintes querem uma moeda esperem do lado de fora, quando as pessoas saírem.
Hoje passou mais um grande grupo de turistas Alemães, directo a igreja do Milagre, mais uma vez sem deixar umas moedinhas no nosso comércio tradicional, que continua a espera de um Milagre.
A crise está instalada, o nosso comércio continua ultrapassado, os nossos estudantes não querem as degradadas casas do Centro Histórico, os comerciantes continuam a espera de trespasses pelas suas casas e vão empurrando os dias encostados nos balcões de suas casas, o turismo ainda não chegou e ninguém sabe quando chega, as leis do património ainda não motivam os médios e desfavorecidos, e a política do arrendamento e das actualizações das rendas, continua com um atraso de 100 anos.
Enquanto tudo isso acontece, as donas Marias da vida, vão olhando tristemente para a entrada das suas lojas, agora vazias, enquanto falam e lembran-se dos bons dias do passado.
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